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17/02/2021 09:19
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Atlântico, Urca, Copacabana Palace: os cassinos mais famosos do Brasil

Enquanto esteve liberado, até 1946, prática atraiu famosos e estrelas do showbusiness
/ Foto: Reprodução/Prefeitura do Rio

Você pode não se recordar ou mesmo não saber, mas os cassinos já foram legalizados no Brasil. Sim, é isso mesmo. Você não precisava ir para Punta Del Este ou Las Vegas para se embrenhar na jogatina. Tudo isso podia ser feito em terras brasileiras, sobretudo no Rio de Janeiro, capital federal até a construção de Brasília, na década de 1960.

Os cassinos tiveram um lugar importante em nossa história, que remonta à época do Império, quando funcionavam de maneira clandestina e tinham como frequentadores pessoas ricas que pertenciam à nobreza portuguesa. Com a chegada da República, em novembro de 1889, os cassinos passaram a ser aceitos pela sociedade. Em 1917, no entanto, o presidente Venceslau Brás proibiu os jogos de azar.

Os cassinos seriam novamente liberados em 1934 pelo então presidente Getúlio Vargas, que aprovou a lei que autorizava o funcionamento das casas. Começou a busca incessante para que diversas localidades disputassem o prêmio de cassino mais famoso do Brasil. Os frequentadores tinham à disposição entretenimento que era garantido pelos jogos de roleta, bacará, blackjack, poker, dentre outros.

A partir do momento em que foi legalizado, vários cassinos se espalharam no país, trazendo glamour e diversão, sendo frequentado pela alta sociedade que aproveitava as apresentações de artistas famosos tanto nacionais quanto internacionais, como Carmen Miranda, uma das estrelas do Brasil no exterior.

No entanto, desde 1946 os cassinos físicos estão proibidos no Brasil. Nos anos que antecederam a proibição dos estabelecimentos, houve um grande movimento conservador. Embora tivesse pontos positivos como aumento de empregos, melhora na imagem do Brasil no exterior e ser palco para grandes artistas, a pressão acabou sendo maior. O Decreto-Lei n° 9.215 que proibia jogos de azar em todo o país foi assinado pelo presidente General Eurico Gaspar Dutra.

Com o encerramento das atividades nos cassinos brasileiros, cerca de 40 mil pessoas ficaram desempregadas e tiveram que buscar outras soluções, e a economia também sofreu um forte baque que demorou um tempo para se recompor. Esses são apenas alguns dos cassinos. Há um movimento atual encabeçado pelo governo de Jair Bolsonaro para tentar liberar os cassinos, mas o tema enfrenta resistência em alas do Congresso Nacional, como a bancada evangélica.

Muitos cassinos e suas histórias estão vivas na memória de muitas pessoas, sobretudo daqueles que já tem mais de 70 anos. São passagens de um Brasil que não existe mais, ainda que parte das suas lembranças podem ser encontradas nos pontos em que esses cassinos funcionavam.

Cassino da Urca

Conhecido por dar os melhores bônus do cassino, o cassino da Urca, localizado no famoso bairro carioca, era o mais famoso do Brasil e chegou a ganhar fama pelo mundo. Fundado em 1933 no Hotel Balneário, viu passar por seu palco artistas renomados como Carmen Miranda, Grande Otelo, Emilinha Borba, o francês Maurice Chevalier, Josephine Baker e Bing Crosby, dentre outros. Após ser fechado, o prédio foi vendido para a TV Tupi.

Cassino Atlântico

O Cassino Atlântico foi um dos maiores do Brasil. Localizado em Copacabana, trazia a aura de requinte ao local com seu estilo art decó e luxo extremo. Tanto que serviu de cenário até para um filme, “Alô, Alô, Carnaval”, do diretor Adhemar Gonzaga. Em seu palco, artistas famosos como Virgínia Lane, Lamartine Babo, Francisco Alves, vedetes famosas e outros artistas se apresentavam. Em suas mesas de jogos, apostadores contavam com uma infinidade de possibilidades no carteado, roleta, bacará, campista, blackjack e outros.

Cassino do Copacabana Palace

O Copacabana Palace até hoje é símbolo de luxo quando se trata de hotel, sobretudo no Rio de Janeiro. Artistas famosos moraram lá, como o pai da Bossa Nova, João Gilberto. Quando os cassinos foram liberados, também se tornou em um padrão de requinte, com outras casas querendo imitar seu estilo. Pode-se dizer inclusive que a própria fama do bairro se deu também através de seus cassinos e hotéis, e principalmente através do Copa, como é carinhosamente chamado pelos seus fãs. Dentre seus frequentadores estão Albert Einstein, Glenn Ford, o grande cantor Frank Sinatra, Rita Hayworth, Lana Turner, Orson Welles, Walt Disney e outros. Após o fechamento do cassino, o hotel continua em funcionamento até os dias de hoje.

Hotel Cassino Quitandinha

Construído na cidade de Petrópolis, em 1941, tencionava ser o maior cassino da América do Sul. E para isso contou com uma grande propaganda e recebeu inúmeros artistas internacionais. Porém, o cassino teve uma existência muito curta, já que começou a funcionar em 1944 e em 1946 houve a proibição dos jogos no Brasil.


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