11/05/2020 12:21:04
Arapiraca
Moradores do Brisa do Lago, em Arapiraca, passam mal por causa de mau cheiro
O mau cheiro que incomoda a população e degrada o meio ambiente é oriundo das atividades da FrigoVale, situada no entorno do residencial
ReproduçãoResidencial Brisa do Lago, localizado no bairro Olho D’ Água dos Cazuzinhas, em Arapiraca
Flaviana Costa, com Fabiana Farias

Nesse fim de semana, moradores do Residencial Brisa do Lago, localizado no bairro Olho D’ Água dos Cazuzinhas, em Arapiraca, voltaram a reclamar do mau cheiro oriundo das atividades da FrigoVale, situada no entorno do residencial.

A produção do Programa Show de Notícias, da Rádio 96 Fm Arapiraca, recebeu muitas mensagens de ouvintes, moradores do Brisa do Lago, reclamando do incômodo gerado pelo mau cheiro e relatando que muitas pessoas já passaram mau por conta desse mau cheiro.

A questão não é apenas o incômodo, as atividades da FrigoVale estão degradando o meio ambiente. Isso vem acontecendo desde 2015, quando a empresa se instalou no local. “Esse mau cheiro tem se tornado constante, principalmente no período de frio, disse uma moradora do Brisa do Lago.

Na madrugada de sábado (09), a situação ficou pior. “Tanto minha esposa, quanto minha filha, de dois anos, passaram muito mal. Mas, devido à pandemia do coronavírus, nós ficamos com medo de sermos infectados e não fomos ao hospital, ficamos em casa. Eu só posso descrever toda essa situação como sensação de angústia, de impotência e desespero”, lamentou Tancredo Barbosa, um morador do Brisa do Lago que está indignado com o descaso da FrigoVale.

Decisão judicial

Na última quinta-feira (07), o Programa Show de Notícias entrevistou o defensor público Marcos Freire. Os radialistas Fabiana Farias e Cledson Costa, que estavam apresentando o programa, juntamente com o também radialista Isve Cavalcante, conversaram com o defensor público sobre os danos ambientais causados pela FrigoVale.

Marcos Freire disse que a Defensoria Pública atua na defesa da comunidade desde 2015. “A Defensoria Pública ingressou com uma ação civil pública contra a FrigoVale em 2016, tentando obrigar a empresa a se adequar às normas ambientais e não causar mais dados ambientais àquela comunidade, porém, a FrigoVale não se adequou”, relatou o defensor público.

Segundo Marcos Freire, de lá para cá aconteceram várias ações judiciais de ambas as partes, até que, no mês de abril de 2020, saiu a sentença obrigando a FrigoVale a se adequar às normas ambientais previstas no Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), sob pena de aplicação de multa diária de 5 mil reais, podendo chegar a 200 mil. “Além disso, o poder judiciário entendeu que a FrigoVale deve ser condenada ao pagamento de danos morais coletivos fixados no valor de 50 mil reais”, apontou.

Entretanto, segundo moradores do Brisa do Lago, a situação piorou, isso significa que a decisão judicial não está sendo cumprida pela empresa.

 

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