21/06/2022 15:59:19
Brasil
Bruno e Dom: Suspeito volta atrás e diz ter ocultado corpos, mas não matado
Em relato durante a reconstituição do dia do crime, Amarildo admitiu ter jogado os corpos em uma parte da mata do Vale do Javari (AM),
reproduçãoEm relato durante a reconstituição do dia do crime, Amarildo admitiu ter jogado os corpos em uma parte da mata do Vale do Javari (AM),
Redação por UOL

 Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, voltou atrás em seu depoimento de hoje para a PF (Polícia Federal). Inicialmente, o pescador havia confessado, segundo a corporação, de ter participado dos assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

Em relato durante a reconstituição do dia do crime, Amarildo admitiu ter jogado os corpos em uma parte da mata do Vale do Javari (AM), esquartejado e ateado fogo.

Segundo o pescador, quem seria responsável pelas mortes do indigenista e do jornalista, ocorridas no início do mês, é Jeferson da Silva Lima, também conhecido como Pelado da Dinha.

Os dois juntamente a Oseney da Costa de Oliveira, irmão de Amarildo e conhecido como Dos Santos, estão detidos pela PF. Oseney nega envolvimento no crime. Ao todo, a corporação considera oito pessoas suspeitas.

Ainda no depoimento de hoje, o pescador disse que ele e Jeferson atiraram contra Bruno e Dom pelo menos três vezes cada um, mas alegou não saber quantos tiros acertaram as vítimas. Os dois foram mortos com tiros na cabeça e no tórax. Amarildo falou que o indigenista atirou de volta.

Dom era correspondente do jornal The Guardian. Britânico, ele veio para o Brasil em 2007 e viajava frequentemente para a Amazônia para relatar a crise ambiental e suas consequências para as comunidades indígenas e suas terras.

O jornalista conheceu Bruno em 2018, durante uma reportagem para o Guardian. A dupla fazia parte de uma expedição de 17 dias pela Terra Indígena Vale do Javari, uma das maiores concentrações de indígenas isolados do mundo. O interesse em comum aproximou a dupla.

Bruno, servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio), era conhecido como um defensor dos povos indígenas e atuante na fiscalização de invasores, como garimpeiros, pescadores e madeireiros. Em entrevista ao UOL, o líder indígena Manoel Chorimpa afirmou que o indigenista estava preocupado com as ameaças de morte que vinha sofrendo.

Fonte:uol

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