05/01/2024 18:32:20
Justiça
Parque aquático do Sertão terá que pagar R$ 400 mil a cliente que ficou tetraplégico
Cliente afirma que não houve orientação sobre o uso correto do toboágua
ReproduçãoA decisão foi publicada nesta sexta-feira (5) pelo juiz Maurício Breda, da 5ª Vara Cível da Capital.
Redação com Assessoria

Um parque aquático, que fica localizado às margens do Rio São Francisco em Sergipe, terá que pagar R$ 400 mil a um alagoano que ficou tetraplégico após descer de um toboágua. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (5) pelo juiz Maurício Breda, da 5ª Vara Cível da Capital.

Segundo a decisão o valor corresponde a R$ 200 mil por danos morais e R$ 200 mil por danos estéticos. Além disso, o parque terá que pagar uma pensão vitalícia de um salário mínimo todos os meses, além de custear as despesas e tratamentos da vítima.

O caso ocorreu no Cangaço Eco Parque, que fica localizado às margens do Rio São Francisco, na cidade de Poço Redondo, em Sergipe. O local fica perto da cidade de Piranhas, no Sertão de Alagoas.

Entenda o caso

Consta nos autos que, ao descer de um toboágua, o cliente bateu com a cabeça na areia do fundo do rio, o que teria provocado um princípio de afogamento. Ao ser retirado do local, o homem já se encontrava sem os movimentos dos braços e das pernas.

Segundo o cliente, não houve orientação sobre o uso correto do toboágua. Ele alega que no local não tinha placas com informações nem funcionários ou bombeiros civis para conduzir os banhistas. O autor diz ainda que foi socorrido por um técnico da área de saúde que estaria a passeio.

A decisão diz que não há provas de que o rapaz teria sido socorrido de forma correta e por profissionais habilitados. O juiz constatou que o acontecimento se deu pela negligência da ré, e que o estabelecimento foi omisso em relação ao acidente.

O que disse a empresa em juízo

A empresa se defendeu afirmando que havia placa e um instrutor no local, levantando a hipótese que o demandante teria ingerido bebida alcoólica. Contudo, anão conseguiu comprovar a presença de um bombeiro ou de um instrutor no momento do incidente.

O Cangaço Eco Parque também foi condenado ao ressarcimento de R$ 891,61 por danos materiais. Além de ficar tetraplégico, foi constatado um trauma raquimedular cervical no autor. 

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