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02/07/2020 13:20
Saúde

Criança curada da Covid-19 ganha festa de aniversário em hospital de Alagoas

A festa foi organizada pela equipe multidisciplinar do Hospital da Mulher, em Maceió, onde o pequeno Waggner Enzo ficou internado por 20 dias
/ Foto: Agência Alagoas
Redação com Agência Alagoas

Chapeuzinhos, bexigas coloridas, bolo, lembrancinhas, além do canto dos parabéns a você. Tudo o que uma festa de aniversário deve ter. Assim foi a comemoração do pequeno Waggner Enzo, de 4 anos, que estava internado há 20 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Mulher Dr.ª Nise da Silveira, localizado no bairro Poço, em Maceió, unidade habilitada em Alagoas para tratar pacientes com a Covid-19.

A festa foi organizada pela equipe multidisciplinar do hospital, que teve todo o cuidado ao prepará-la. Todos estavam paramentados com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e realizaram a comemoração em uma área restrita, evitando o contato com outros pacientes internos na UTI.

A assistente social do HM, Rossany Ferro, que preparou o bolo para o aniversário, disse que, durante uma conversa com a enfermeira Carolina Menezes, da UTI Pediátrica, ela acabou falando o dia do aniversário da criança. Com isso, as equipes do serviço social, psicologia, enfermagem, medicina e nutrição ficaram sensibilizadas e se uniram para prepararem a surpresa para o pequeno Waggner Enzo.

“Ele nos relatou que adorava a série de ação e aventura Patrulha Canina, que é estrelada por seis filhotes heroicos: Chase, Marshall, Rocky, Zuma, Rubble e Skye, que são liderados por um menino de 10 anos de idade chamado Ryder. Então, resolvi preparar o bolo com esse tema. Os olhinhos dele brilharam quando viu a equipe em festa. Essa é uma das formas de humanizar o serviço, num momento tão crítico”, disse a assistente social.

Na oportunidade, Waggner Enzo aproveitou o recurso da chamada de vídeo para receber o carinho dos familiares por mais um ano de vida. Com o sorriso de orelha a orelha, o pequeno paciente mostrou os presentes que recebeu da equipe do hospital, num deles, embrulhado num papel laminado de cor vermelha, estava um carrinho. “É um carro lindo”, disse o pequeno, sem tirar os olhos do presente.

Alta médica

Abraçada com o filho a todo o momento, a dona de casa Liliane Félix dos Santos, de 22 anos, não conseguiu esconder a emoção com a surpresa. “Ele ficou muito feliz quando conversou com o avô, os tios e os primos pela chamada de vídeo. Diminuiu a saudade que ele estava dos familiares. De qualquer forma, a gente vai fazer outra festa. É preciso agradecer muito. Sempre”, disse a mãe do paciente, que, após 20 dias internado, recebeu alta hospitalar na tarde dessa quarta-feira (1º), voltando novamente para o convívio familiar.

Segundo a pediatra Maria Célia dos Santos, o paciente deu entrada no hospital no último dia 19 de junho, uma sexta-feira. Ele chegou ao Hospital da Mulher, após ser transferido do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), no Trapiche da Barra, com o histórico de dor abdominal e de parasitose. A princípio, embora não apresentasse sintomas respiratórios, ele se submeteu ao teste rápido para o novo coronavírus e, quando o resultado saiu, deu positivo.

“Tratamos a parte da parasitose, que veio associada a outros sintomas, o que chamamos na medicina de Reação Inflamatória Sistémica pós-Covid. Conforme o tempo foi passando, o paciente foi evoluindo bem e teve uma melhora significativa do quadro de saúde. Ele não precisou ser entubado e, desde a última sexta-feira, respira sem o cateter de oxigênio”, explicou a pediatra do HM.

Humanização

De acordo com a enfermeira Ana Carolina Menezes, o tratamento pode ser efetivo, dando ênfase ao carinho, atenção e, sobretudo, humanização. A seu ver, o humanizar não diz respeito apenas ao cuidar, de estar presente, mas sim, no amor ao seu trabalho e nas palavras de conforto que são dadas às famílias e aos pacientes.

“Inclusive, colocamos um televisor aqui dentro da UTI, que passa desenhos animados, cujo intuito foi criar um ambiente mais lúdico, para que as famílias e as crianças sintam-se em casa. Essa é uma maneira de humanizarmos o atendimento com toda a equipe multidisciplinar. Embora o vírus exclua o processo de aproximação entre as pessoas, conseguimos abraçar os pacientes e as famílias com nossos olhos e ações”, frisou a enfermeira do HM.


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