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11/09/2021 12:00
Saúde

HRM realiza cirurgia rara e evita amputação da perna de jovem

Médicos utilizaram um fixador externo para salvar a perna da paciente
/ Foto: Ascom HRM
Ascom Sesau

Depois de sofrer um acidente de moto, na cidade de Maceió, Karina Jeronimo da Silva, 24 anos, fraturou o osso da tíbia. A princípio, a jovem teria de ter parte da perna amputada, mas, a equipe médica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) decidiu tentar uma estratégia incomum para salvar a perna da jovem. O procedimento cirúrgico de Alta Complexidade ocorreu no último sábado (4), durou cerca de cinco horas, sem intercorrências e a paciente está bem.

O acidente ocorreu dia 26 de abril. Karina foi, então, encaminhada para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi submetida a duas cirurgias e, em decorrência do trauma, ela perdeu aproximadamente 3 cm da perna. Dois meses depois, no dia 26 de junho, Karina foi admitida no Hospital Regional da Mata (HRM), no município de União dos Palmares, para realização de uma terceira cirurgia.

No HRM, a equipe optou pelo tratamento da pseudoartrose da tíbia, utilizando um aparelho fixador externo, chamado Ilizarov, método russo desenvolvido pelo médico polonês Gavriil Ilizarov na década de 1950, mas que só chegou ao Ocidente na década de 1980.

Dyego Rosendo, médico ortopedista, com subespecialização em reconstrução e alongamento ósseo, responsável pela cirurgia da Karina, explica o procedimento cirúrgico de reconstrução da tíbia. "O método consiste em estabilizar as estruturas presentes, e fazer um corte ósseo. Como o osso vai tentar consolidar é feito um sistema de porcas que permitem a tração do osso, que por sua vez, vai continuar tentando se regenerar. O Ilizarov percebeu que se essa tração for distribuída no intervalo regular de 1/4 de volta na porca a cada 6h é possível alongar até 1 mm por dia", informou.

"Então é permitido tanto alongar um membro que seja encurtado em relação ao outro, como também preencher um defeito causado por essas falhas. No caso de preencher os defeitos, é necessário retirar todo e qualquer osso não viável no local. No caso da paciente, a falha inicial devia ser mais ou menos uns 3 a 4 cm e, após retirada do que necessário, ficou em torno de 5cm", acrescentou Dyego.

O médico explicou, ainda, que sequelas podem ocorrer, mas a funcionalidade do membro será mantida.

 


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