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25/02/2022 10:15
Polícia

“Bilionário do Tinder” sacou auxílio emergencial na Caixa. Veja valor

A coluna teve acesso aos depósitos e confirmou que o dinheiro do benefício foi recebido por Rafael Correa de Paula, 33 anos
/ Foto: Reprodução

O estilo de vida nababesco ostentado nas redes sociais e a rotina frenética de viagens faraônicas do “Bilionário do Tinder”, Rafael Correa de Paula, 33 anos, não o impediram de contar, ainda, com uma “ajudinha” do governo federal. O suposto magnata da pecuária recebeu, entre abril e novembro do ano passado, parcelas de R$ 150 referentes ao auxílio emergencial.

O benefício, que deveria ser sacado apenas por famílias de baixa renda que tiveram sua vulnerabilidade acentuada em razão da Covid-19, foi usado pelo golpista até o momento em que o governo percebeu a irregularidade e bloqueou os saques. A coluna teve acesso à movimentação dos depósitos e confirmou que o dinheiro do auxílio foi recebido por Rafael.

No total, o “bilionário do Tinder” recebeu, indevidamente, R$ 1,2 mil. Durante o período, Rafael Correa não deixou de viajar o mundo, sempre na primeira classe, para os destinos mais exclusivos e paradisíacos. Nas redes sociais, o suposto herdeiro aparece em imagens curtindo passeios na Europa, Ásia e África.

Golpe no ex

Em matérias anteriores, a coluna revelou as investidas de Rafael contra o ex-namorado. Apresentando-se como herdeiro, o suposto empresário passou a perseguir um servidor público do Rio de Janeiro após o fim do relacionamento. Os casos vão desde corte de luz e gás até cadastro em grupos de orgia e contratação de plano funerário para a ex-sogra. Conforme a coluna revelou nessa quinta-feira (24/2), as denúncias são investigadas pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ).

Em entrevista exclusiva, a vítima, de 38 anos, revelou que após viver quatro meses entre viagens de luxo e presentes caros, teve a rotina completamente devastada devido às perseguições de Rafael.

O homem passou a receber e-mails com ameaças e teve todos os cartões bloqueados. O total de compras estornadas chegou a R$ 83 mil, com hospedagens e passagens aéreas. “Na verdade, muitas cobranças já vinham sendo lançadas. Algumas compras eram relacionadas a hotéis, passagens e restaurantes”, disse. Ao reativar a conta, ele diz ter sido vítima de uma nova fraude, na quantia de R$ 7 mil. “Em duas horas, tive um total de R$ 7.622,67 em compras não reconhecidas no meu cartão de crédito”, destacou.

“Rafael alegava precisar dos dados dos meus cartões para pagar as taxas de embarque ou pequenos custos referentes aos voos, mas tudo isso servia de pretexto para que ele tivesse acesso aos meus dados pessoais. Também vi outras pessoas famosas fazendo a mesma coisa, dando todos os dados do cartão de crédito para que ele fizesse compra de passagens e hospedagem”, acrescentou.

Trama obscura

Rafael circula na alta sociedade do Eixo Rio-São Paulo ostentando roupas de grifes famosas e fazendo viagens para destinos paradisíacos. Um outro lado do bilionário, como ele mesmo se apresenta nas rodas de amigos, entretanto, pode revelar uma trama obscura, configurando crimes de ameaça, difamação, stalking e estelionato.

A vítima revelou detalhes de como o que parecia um sonho virou pesadelo. Sem se identificar por motivos de segurança, o carioca explicou ter conhecido Rafael por meio de um aplicativo de relacionamento.

“Nosso primeiro encontro foi no hotel Fasano, aqui no Rio. Impressionou, porque ele se mostrou muito viajado, falava sempre em rede de hotéis caríssimas, roteiros exclusivos, roupas caras. Também dizia que era amigo de celebridades. Depois, veio o primeiro convite para uma viagem. Embarcamos, de primeira classe, para a África e Dubai. Logo após, seguimos para Nova York e México, em um total de 22 dias de viagem em hotéis cinco estrelas e frequentando restaurantes conceituados”, lembrou.

Em quatro meses de relacionamento, o casal visitou pontos turísticos da França e dos Estados Unidos. “Tivemos algumas crises, mas ele sempre surpreendia com presentes caros. Malas avaliadas em R$ 8 mil, vaso de cristal da Versace, entre outros. Depois de alguns meses, percebi que, apesar de todo o luxo, nossa convivência não era boa e eu não estava mais disposto a seguir com o namoro. Foi aí que minha vida mudou completamente”, desabafou.

Em ocorrência registrada na 14ª Delegacia de Polícia do Leblon, a vítima relata que as supostas perseguições tiveram início em 18 de novembro do ano passado e perduram até hoje.

Após procurar um advogado, o empresário descobriu que Rafael Correa respondia na Justiça por estelionato e agressões e também era cobrado por bancos e pela Receita Federal. “Eu me assustei quando li o teor dos processos”, conta o servidor. A reportagem não conseguiu contato com Rafael Correa. O espaço segue aberto para que ele se manifeste.

Fonte: Metrópoles


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