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01/04/2024 22:34
Polícia

Justiça nega liberdade para mandante de atentado em Porto Calvo

A vítima foi baleada quando entrava em seu veículo e estava na companhia de sua filha, de apenas 7 anos
Filha da vítima, de 7 anos, viu tudo / Foto: Reprodução
Redação com Gazetaweb

A Justiça negou, nesta segunda-feira (1°), pedido de liberdade de Bruno José Silva da Hora, de 23 anos, preso no começo de março por ser o mandante do atentado contra Juan Marcos Alves Ferreira, de 34 anos. A vítima foi baleada quando entrava em seu veículo e estava na companhia de sua filha, de apenas 7 anos. O crime aconteceu em Porto Calvo, na região Norte de Alagoas.

A decisão é da juíza Lívia Mattos, que ponderou que o cenário que embasou a decretação da prisão preventiva está inalterado. A magistrada disse ainda que a prisão foi decretada em razão da necessidade de garantir a ordem pública, por causa da gravidade do crime, o carecimento da aplicação da lei penal, a adequação da medida à gravidade do crime e impossibilidade de substituição da medida eventualmente aplicada por outra medida cautelar. 

A magistrada diz também que merecem destaque as circunstâncias do delito: Ele ocorreu diante da filha da vítima, uma criança de apenas sete anos de idade. Também foi executado de maneira premeditada, envolveu um adolescente como autor dos disparos, com a intenção de evitar a responsabilidade penal. Além disso, a magistrada considerou que houve a apropriação do veículo da vítima, numa tentativa de encobrir o homicídio e simular um roubo.

“Esses elementos apontam para um sério comprometimento da ordem pública e da aplicação da lei penal caso o suspeito seja libertado”, conclui.

 

O CASO

“Você tem coragem de tirar a vida de alguém”, foi com essa pergunta que o barbeiro Bruno José Silva da Hora, de 23 anos, chamou um adolescente de 16 anos para executar Juan Marcos Alves Ferreira, de 34 anos, em Porto Calvo, no dia 6 de março de 2024.

De acordo com o coronel Marlon Araújo, responsável pelo comando do policiamento da região Norte do estado, Bruno chamou o adolescente para cometer o crime porque sabia que punição seria mais branda, se ele fosse preso.

Segundo a polícia, Bruno e Juan se conheciam e tinham certa amizade, por isso Juan pediu R$ 4.600 emprestados ao barbeiro e que pagaria em cerca de dois meses, o que não aconteceu. A vítima, então, passou a emprestar o carro para o barbeiro como forma de pagamento, o que não foi entendido pelo mesmo.

 

"Sendo amigo da vítima, Bruno sabia que ele estaria na pizzaria, aguardando a esposa sair do trabalho. O incidente foi desencadeado por uma dívida não saldada por Juan com o barbeiro. A dívida de R$ 4.600 seria paga em até dois meses", disse Marlon Araújo.

Bruno planejou matar Juan e chamou o suspeito, que aceitou. No dia do crime, o barbeiro entregou uma arma com três munições para o menor, que deveria matar Juan. Bruno acompanhou o atentado e estava com uma faca, caso fosse necessário para matar Juan. O adolescente disse que deu dois tiros e o terceiro, que segundo ele, seria na testa da vítima, mas falhou.

 

 

 


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