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21/09/2021 10:55
Esporte

Os mais talentosos treinadores do futebol brasileiro de todos os tempos

No Brasil temos inúmeros treinadores que se destacaram e continuam se destacando, seja treinando clubes, seja à frente de seleções ao longo de suas carreiras.
Os mais talentosos treinadores do futebol brasileiro de todos os tempos / Foto: Reprodução
Sergio Rocha

Quando falamos de treinador falamos daquele indivíduo que identifica quem, como e quando ocupar um espaço, nos referimos àquela pessoa capaz de observar caraterísticas que nem mesmo o atleta sabia possuir, aquele sujeito que sabe reunir individualidades e transformá-las em um coletivo. Há de se ter conhecimento técnico, humano e muito, mas muito talento mesmo.

No Brasil temos inúmeros treinadores que se destacaram e continuam se destacando, seja treinando clubes, seja à frente de seleções ao longo de suas carreiras. Não pretendemos estabelecer um ranking, mas apresentar aqueles que consideramos os mais talentosos.

São muitas as vezes em que um treinador não consegue fazer das estrelas de seu time um coletivo que, de fato, pratique um bom jogo. O treinador deve estar muito atento às características de seus jogadores para deles extrair todo o potencial; Luiz Alonso Perez, o Lula, foi um mestre nisso, tinha um olho clínico para formar seu time. Lula foi treinador do Santos Futebol Clube de 5 de junho de 1954 a 19 de dezembro de 1966, mais de doze anos. Foram 949 jogos à frente da equipe santista com impressionantes 771 vitórias, um aproveitamento superior a 80%. Lula é recordista brasileiro em títulos, 38 canecos pelo Santos, destacando-se cinco campeonatos brasileiros consecutivos, um recorde, oito conquistas no campeonato paulista, duas Libertadores da América e dois títulos mundiais interclubes. Após deixar o Santos por razões nunca reveladas - muitos afirmam ter sido em função de um desentendimento com Pelé - Lula treinou o Corinthians, Portuguesa de Desportos e Santo André. Morreu em 15 de junho de 1972, aos cinquenta anos, em decorrência de complicações depois de um transplante de rins.

Telê Santana da Silva é um caso único no futebol brasileiro e talvez mundial; é considerado o maior treinador da seleção brasileira de todos os tempos, mesmo amargando derrotas em duas copas do mundo, 1982 e 1986. Suas seleções, especialmente a de 1982, jogavam um futebol brilhante. Houvesse naquele tempo um código promocional para os torcedores escolherem quais jogos assistir, certamente optariam pelos jogos da seleção de Telê. Conquistou títulos por quase todos os clubes que treinou, mas foi à frente do São Paulo que Telê venceu suas duas principais competições, duas Libertadores e dois mundiais interclubes, 1992 e 1993. Nestes anos, foi eleito o melhor técnico de futebol do mundo. Uma curiosidade, Telê ganhou como jogador o troféu Belfort Duarte por ficar 200 jogos consecutivos sem sofrer uma expulsão sequer. Telê Santana faleceu em 21 de abril de 2006.

Se há um treinador que coleciona títulos, este é Vanderlei Luxemburgo. O lateral esquerdo do Flamengo, Internacional e Botafogo do Rio, com passagens pela seleção brasileira, não imaginava que como treinador viria a ser um dos maiores. É recordista na conquista de campeonatos paulista, nove vezes, superando Lula com as suas oito taças. Conquistou cinco títulos nacionais (Santos, Cruzeiro, Corinthians e dois pelo Palmeiras) e com exceção da Copa América à frente do selecionado brasileiro, em 1999, títulos internacionais por clubes nunca vieram. Luxemburgo é um técnico local, doméstico, parece não se adaptar às competições internacionais, no entanto, talento lhe sobra.

Se habilidade não era um forte, sobrava-lhe garra e comando. Esta é a mais justa descrição de Luiz Felipe Scolari como jogador de futebol. Já como treinador, o talento como estrategista brotou, consagrando-o como um dos maiores. Ganhou tudo o que se pode conceber. Mas o mundial de 2002 pela seleção brasileira é, sem dúvida, sua maior conquista. Entre os clubes que treinou, teve importantes e vitoriosas passagens por Grêmio e Palmeiras, times pelos quais conquistou o Brasileiro a Copa Libertadores da América. Pela seleção, foi ainda campeão da Copa das Confederações, em 2013. Scolari treinou clubes e seleções estrangeiras. Levou a seleção de Portugal a um segundo lugar na Euro 2004 e um quarto lugar no mundial de 2006. Scolari conquistou credibilidade em quase todas as equipes que dirigiu. Seu método conservador, partia da premissa de conduzir suas equipes com mão de ferro, Nunca se importou em sacar os chamados medalhões que não estivessem correspondendo em campo. Deixou Romário de fora da copa de 2002, por exemplo, por não concordar com as atitudes do atleta extracampo. Talentoso e conservador, Scolari, o Felipão, é um dos maiores treinadores que o Brasil já produziu.

“Vocês vão ter que me engolir”, quem não se lembra de Mário Jorge Lobo Zagallo, proferindo esta frase? Zagallo começou a carreira de técnico no Botafogo, e não demorou a levar o Glorioso ao título da Taça Brasil em 1968. Dois anos depois, herdou o trabalho de João Saldanha na seleção brasileira, mudou peças e ajudou a equipe a tornar-se tricampeã mundial em 1970, entrando para a história como o futebol mais bonito do mundo. Décadas depois, foi vice-campeão na Copa de 1998, além de levantar uma enorme quantidade de títulos na maioria dos clubes por onde passou. Uma lenda.

Muitos outros treinadores igualmente talentosos e vitoriosos merecem ser citados, a exemplo de Osvaldo Brandão, Feola, Aymoré Moreira, Rubens Mineli, mas suas histórias fica para uma próxima.


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