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01/11/2023 09:46
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Estrangeiros deixam Faixa de Gaza, mas brasileiros não estão liberados

Eles foram autorizados a sair do território após um acordo mediado pelo Catar com Israel, Egito e o Hamas
/ Foto: REUTERS/Arafat Barbakh TPX
Redação com TV Globo e G1

Estrangeiros começaram a deixar a Faixa de Gaza nesta quarta-feira (1º) pela primeira vez, desde o início do conflito entre Israel e o Hamas. Eles foram autorizados a sair do território após um acordo mediado pelo Catar com Israel, Egito e o Hamas.

As saídas acontecem pela passagem de Rafah, única fronteira por terra em Gaza que não leva a Israel, que ficou fechada durante todo o conflito.

De acordo com o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, nenhum brasileiro foi colocado nesta primeira lista, que conta com quase 500 nomes. Os dados foram divulgados pela autoridade local de Gaza.

Não há, ainda, informações sobre por quanto tempo a passagem ficará aberta, tampouco se todos os estrangeiros autorizados irão atravessar o corredor em um único comboio nesta quarta.

Nesta primeira relação, estão autorizados a deixar a Faixa de Gaza nacionais da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca. Além disso, a lista também inclui nomes de integrantes da Cruz Vermelha e de algumas ONGs, segundo Candeas.

Fora da lista de nacionalidades liberadas para deixar Gaza, brasileiros dentro do território passaram a demonstrar preocupação e revolta com o Governo.

"Eu acredito que o governo federal não está fazendo o esforço pra retirar os brasileiros daqui", disse Hasan Habbee, um dos brasileiros na Faixa de Gaza.

O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, afirmou estar ciente do desespero das famílias e disse estar trabalhando pela liberação, já que, segundo ele, haverá outras listas.

A Embaixada do Brasil na Palestina monitora a situação de 34 pessoas que pediram auxílio para deixar a Faixa de Gaza. O grupo é composto por 24 brasileiros e 10 palestinos que estão em processo ou darão início à imigração ao Brasil.

O governo brasileiro está articulando com autoridades do Egito e de Israel a saída deste grupo. Um avião da Força Aérea Brasileira, que já está em território egípcio, deve ser usado para a viagem de volta ao Brasil.

Além de pessoas de outras nacionalidades, palestinos em grave estado de saúde também serão transportados para fora da Faixa de Gaza por meio de ambulâncias. O Egito montou um hospital de campanha para atender aos necessitados que já cruzaram a fronteira com o país africano.

A passagem de Rafah é a única fronteira por terra em Gaza que não leva a Israel. Raramente aberta pelo governo do Egito para passagem de civis, o local era utilizado por governos e instituições para envio de suprimentos para o território palestino.

Desde o início do conflito, o governo de Cairo bloqueou qualquer tentativa de passagem pela região.

Quando Israel ordenou que civis deixassem o norte de Gaza, centenas de palestinos e estrangeiros se acumularam na pequena cidade fronteiriça.

Mesmo se tornando um refúgio para civis a cidade também foi alvo de ataques aéreos durante as mais de 3 semanas de conflitos.

16 brasileiros aguardam pela liberação da fronteira em Rafah. Outros 16 estão em Khan Yunis, maior cidade do sul de Gaza.

Brasileiros retirados da Cisjordânia
Outro grupo de brasileiros, que estava no território palestino da Cisjordânia, no leste de Israel, foi resgatado na manhã desta quarta-feira pela Representação Brasileira em Ramala.

O grupo de 33 pessoas de 12 famílias que haviam solicitado repatriação cruzaram a fronteira com a Jordânia, de onde deverão embarcar ainda nesta quarta para o Brasil em aeronave da Presidência da República, segundo o governo federal.

Internet e telefonia cortados em Gaza
Gaza passou, novamente, por um apagão de comunicações na quarta-feira, com a internet e o serviço telefônico cortados por várias horas, enquanto as tropas israelenses combatiam com os militantes do Hamas.

As comunicações começaram a ser restabelecidas no final do dia, mas as agências humanitárias alertaram que tais apagões perturbam gravemente o seu trabalho.

Os ataques aéreos diários deslocaram mais de metade da população, e os suprimentos básicos já são escassos.

 


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