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12/08/2023 07:56
Justiça

CBF vai à Fifa para impedir que atletas punidos por manipulação atuem em outros países

Entidade também notificou associações nacionais de futebol para onde brasileiros se transferiram
Julgamento sobre manipulação de resultados no STJD / Foto: Raphael Zarko / ge
Redação com GE

 A CBF pediu para a Fifa dar abrangência mundial às punições aplicadas no Brasil para jogadores condenados por envolvimento em manipulação no futebol. Além disso, a CBF mapeou e notificou as associações nacionais de futebol para onde esses jogadores se transferiram.

É o caso da Turquia, por exemplo, para onde foi o zagueiro Eduardo Bauermann, ex-Santos. Ele recebeu do STJD uma suspensão de 360 dias sem poder atuar profissionalmente. Depois foi contratado pelo Alanyaspor, mas ainda não estreou e não foi inscrito no campeonato local.

Também foi notificada a federação do Vietnã, onde hoje atua o meia André Queixo, punido com 600 dias de suspensão. Ele foi contratado pelo clube Nam Dinh e já fez duas partidas.

A Fifa costuma atender a esse tipo de pedido, especialmente em casos desse tipo. O Código Disciplinar da entidade prevê que mesmo medidas provisórias (às quais ainda cabem recursos) podem ser ampliadas para outros países.

Nestes casos, o país de destino dos jogadores fica sujeito a aplicar a mesma decisão do país de origem. Ou seja: se a justiça desportiva do Brasil terminar por absolver o atleta, a pena será também revogada em âmbito internacional.

A defesa de Eduardo Bauermann apresentou recurso ao STJD (embargos de declaração), que ainda não foi julgado. O jogador foi procurado para comentar a situação, mas não respondeu até a publicação.

Em nota publicada em seu site, a CBF cita o número de 15 jogadores, mas não os identificou. O Pleno do STJD (segunda e última instância) puniu 13 jogadores recentemente.

Veja as penas aplicadas pelo STJD

Romário (ex-Vila Nova): eliminação e multa de R$ 80 mil
Gabriel Domingos (ex-Vila Nova): suspenso por 720 dias e multa de R$ 80 mil
Moraes (ex-Vila Nova): 720 dias e R$ 55 mil
Gabriel Tota (ex-Juventude): eliminação e R$ 30 mil
Paulo Miranda (ex-Juventude): 720 dias e R$ 70 mil
Eduardo Bauermann (ex-Santos, hoje no Alanyaspor da Turquia): 360 dias e R$ 35 mil
Matheus Gomes (ex-Sergipe): eliminação e R$ 10 mil
Fernando Neto (ex-Ceará): 380 dias e R$ 15 mil
Kevin Lomónaco (Bragantino): 380 dias e R$ 25 mi
Ygor Catatau (ex-Sampaio Correa): eliminado e R$ 70 mil
Mateusinho (ex-Cuiabá): 600 dias e R$ 50 mil
Paulo Sérgio (ex-Sampaio Correa): 600 dias e R$ 50 mil
André Queixo (ex-Sampaio Correa e hoje no Nam Dinh, do Vietnam): 600 dias e R$ 50 mil

Estes atletas foram denunciados pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que desde 2022 investiga um grande esquema de manipulação de resultados em diversos campeonatos estaduais e no Campeonato Brasileiro das Séries A e B.

Há ainda outros jogadores que foram punidos na primeira instância pelo STJD – e ainda serão julgados pelo Pleno. É o caso de Alef Manga e outros jogadores.

Depois das duas primeiras denúncias apresentadas pelo MP-GO, a Polícia Federal também entrou no caso. Além da investigação na esfera criminal, há processos em curso na Justiça Desportiva.


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